Sunday, January 7, 2007

Felicidade, Felicidade...

«TAÇA» TEM TOMBA-GIGANTES: Tripeirada cai aos pés de Magistral Atlético
Vinte e um anos depois aí está de novo o Atlético Clube de Portugal a fazer história na Taça de Portugal, ao eliminar em pleno campo dos tripeiros o porto, detentor da fruteira, vencendo por 1-0.

Com um golo apontado por David, à passagem dos 59 minutos, a equipa de Alcântara, a militar há muitos anos na II Divisão, mas com pergaminhos no futebol português sendo considerado um «histórico», acabou por justificar este notável resultado dado o rigor táctico com que actuou durante os noventa minutos.Chegou a pensar-se que, no último dos cinco minutos de descontos concedidos pelo árbitro Paulo Pereira, de Viana do Castelo, que o porto aproveitasse o penalty para forçar o prolongamento mas Quaresma, chamado a cobrar a penalidade máxima, falhou a soberana oportunidade rematando a um poste. (algo que já está ser investigado pela Bimbo da Costa)Foi a primeira de uma tarde para esquecer da equipa que vai liderando com vantagem duvidosa a Liga portuguesa que, começando por tentar chegar depressa ao golo, e não o conseguindo, teve de suportar forte oposição por parte do seu adversário que teve no seu sector defensivo o seu principal ponto de destaque mas que também não deu descanso a Vítor Baía e seus pares.Reconhecendo-se embora que «este» porto que surgiu esta tarde em campo com algumas alterações – a equipa actuou com uma nova dupla de centrais constituída por João Paulo (outro traidor) e Ricardo Costa, esteve muito longe da sua produção normal, há todavia que assinalar que o Atlético teve inteiro mérito nesta sensacional vitória obtida no recinto de uma das mais polémicas formações do futebol nacional.A equipa Lisboeta deu o seu primeiro sinal de perigo logo aos 8 minutos, obrigando Vítor Baía a uma apertada intervenção, depois de um golpe de cabeça de Aires.O porto, a jogar de forma atrapalhada e lenta, tentava «pegar» no jogo mas nada lhe sabia bem, mesmo com a ajuda do trio de arbitragem, já que lhe faltava velocidade e jogo que viesse dos flancos. O cigano, por norma um dos principais municiadores de jogo, foi muito bem «controlado» pelos defesas visitantes, e faltou sobretudo aos «azuis e brancos» avançados que soubessem traduzir em golos as poucas oportunidades surgidas.Com o desenrolar do encontro, a equipa do porto foi perdendo a olhos vistos o seu valor colectivo, passando a viver de lances individuais, o que facilitava a acção dos contrários.Antes e quando a equipa seguia para as cabinas em tempo de intervalo, um forte coro de assobios que vinha das bancadas onde 30.000 adeptos do FC Porto marcavam presença, sublinhava a má actuação do «onze» portista.Veio a segunda parte e com o 0-0 a manter-se, Jesualdo Ferreira tentou dar mais força ao sector ofensivo onde Bruno Morais esteve em destaque pela negativa. O brasileiro teve uma tarde manifestamente infeliz, falhando pelo menos dois golos à boca da baliza de Marco.Com as entradas de Adriano e Lisandro para os lugares de Paulo Assunção e Ibson, o porto era de facto uma equipa com maior peso ofensivo e passava a jogar com apenas três defesas. Só que os erros portistas mantiveram-se e o Atlético, com notável tranquilidade e personalidade, foi mantendo a sua estratégia que não se limitou a defender a sua área, antes partindo para o contra-ataque na hora certa.Aos 59 minutos o dragão do lago ness gelava com o golo de David que havia de afastar o todo convencido porto logo na primeira eliminatória da Taça em que intervinha. Tudo começou com uma perda de bola de Ibson, o esférico foi cruzado rente à relva para a área portista, Vítor Baía desentende-se com os companheiros da defesa (têm sempre de arranjar uma desculpa) acabando por ser David a empurrar a bola para o fundo das redes.Nos minutos que se seguiram, viu-se o porto, nervosamente, à procura do empate, jogando de forma individual, e nem o «penalty» assinalado por Paulo Pereira quando estávamos em final do período de descontos, valeu aos portistas.Chama-se Atlético o primeiro (e enorme) tomba-gigantes desta IV eliminatória da Taça de Portugal. A tradição ainda é o que era...
Ficha do Jogo
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto. Ao intervalo: 0-0. Marcador: 0-1, David, 59 minutos. Equipas: porto - Vítor Baía; Fucile (Alan, 62), Ricardo Costa, João Paulo e Marek Cech; Paulo Assunção (Lisandro Lopez, 46), Raul Meireles, Ibson (Adriano, 62; Ricardo Quaresma, Vieirinha e Bruno Moraes. Suplentes: Paulo Ribeiro, Bosingwa, Tarik Sektioui, Alan, Lisandro Lopez, Tomo Sokota e Adriano. ATLÉTICO - Marco; Pedro Pereira (Hugo Freire, 86), Ricardo Aires, Rolão, Júnior e Simões; Lapinha (Gonçalo, 69), Marco Bicho (Rui Andrade, 94) e Nuno Gaio; Edmar e David. Suplentes: Paulo Grilo, João Pedro, Gonçalo, Rui Andrade, Hugo Freire, Lula e Artur Jorge Vicente. Árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo).

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