Mário Jardel deu uma entrevista ao jornal "Terra" do Brasil. Entre várias coisas que afirmou, como o de não guardar mágoa de Scolari que não o levou ao mundial de 2002 e de reafirmar a sua vontade em continuar a jogar até que as pernas lhe doam, o brasileiro afirmou que a parte mais importante da sua carreira foi, sem dúvida, passada na Europa. Até aqui, nada de surpreendente.
Ora, a minha surpresa na entrevista acontece quando Jardel é questionado sobre os companheiros mais importantes com que jogou no ataque ao longo da sua carreira. Aí, o Super Mário revela que foram João Pinto (no Sporting) e... Hagi (no Galatasaray) !
Estranho, de facto, como o brasileiro conseguiu esquecer os companheiros de equipa com que emparelhou nos ataques do FC Porto ao longo de quatro anos, que o ajudaram a ser, nesse mesmo período de tempo, o maior goleador nacional quatro vezes consecutivas e, por uma vez, o maior goleador da europa. Acho inaudita ingratidão, por exemplo, que o brasileiro não tenha mencionado, porventura, os dois jogadores que mais assistiram Jardel ao longo da sua carreira, Drulovic e Capucho. Estes dois devem ter comparticipado, certamente, em mais de um terço dos golos com que o brasileiro "presentou" adeptos e adversários. Falar em João Pinto e, sobretudo, em Hagi, parece-me revoltante e malcriado. Ao falar de João Pinto suponho que poderia ter mencionado também, o nome de vários árbitros que, conjuntamente com o "piscineiro galináceo", fizeram dele um goleador através de grandes penalidades (coisa de que nunca beneficiou durante a sua estadia no dragão).
Enfim, creio que a ingratidão e falta de memória de Mário Jardel só têm uma explicação. As drogas ainda devem fazer algum efeito no cérebro do ex-goleador...
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