Friday, April 27, 2007

Mais um copy paste, mas muito revelador!

Parece-me óbvio que é um assunto não só de interesse mas de dimensão nacional. O túnel do Marquês, em Lisboa, abriu ontem. São 1700 metros debaixo da capital. Claro que o resto do país está interessadíssimo na obra! Vai pagá-la! E caro!

Primeiro: Devia haver providências cautelares contra providências cautelares que se venham a revelar caras. Muito caras.

Segundo: Não deveriam ser os 10 milhões de portugueses a pagar, não o túnel - porque isso seria discriminação negativa para com a mais rica região do País -, mas a pagar o atraso de dois anos e meio nas obras;

Terceiro: Nunca mais se deve construir nada sem ouvir primeiro a senhora professora que ontem, na SIC, dizia que o túnel «nada trouxe de bom» ao Liceu Francês; O Liceu Francês deve passar a fazer parte das entidades a consultar antes de avançar com qualquer projecto;

Quarto: Sugiro a Carmona Rodrigues que para a próxima cobre bilhetes para a passeata a pé (!)
pelo túnel. Com os 1, 18 ou 20 mil (conforme a fonte…) lisboetas que atravessaram a passagem, repunha num instantinho o défice da CML.

Quinto: Lamento que, desta vez, nenhuma marca de detergente tivesse decidido oferecer o lanche aos passantes no novo túnel. Claro que não se tratava de nenhuma ponte, mas, convenhamos, era a abertura do primeiro túnel jamais construído em Portugal!

Sexto: Para a inauguração da próxima obra nunca vista - sim, porque, repito, este é, obviamente, o primeiro e mais importante túnel do país - somos a aguardar, nós, os do resto do País, uma oportunidade para ver de perto as maravilhas do futuro e da engenharia nacional. Um túnel é obra rara a que, como se sabe, nunca temos acesso por vivermos na província.

Sétimo: Desafio todos os que, daqui para a frente, poupem tempo, energia e dinheiro por travessarem o túnel, enviem um e-mail (no caso da província pode ser uma carta…) ao senhor Fernandes a agradecer os dois anos e meio de atraso.

Oitavo: Recomendo ao Liceu Francês que processe o senhor Lopes por ter tido a ideia de mandar fazer um túnel por onde é suposto que passem 50 mil carros por dia;

Nono: Já me custava mas, agora, nunca mais aceitarei que seja quem for que viva em Lisboa -
grande Lisboa, vá lá - utilize a expressão «província» quando se quer referir ao resto do País.

Lições de provincianismo tivemos ontem, com milhares à espera, em fila, atrás de grades e guardados pela polícia, para entrar, a pé, e depois, A CORRER, para ver… um túnel! E, já agora,
do provincianismo que é fazer filas de quilómetros, entupir o trânsito até à ponte, esperar horas para, DE CARRO, passar num… túnel!

Olhem que, afinal, este não é o primeiro, nem o único túnel do país.

By: Pedro Cruz Jornalista da Sic

No comments: