Tuesday, March 13, 2007

Aqui está a notícia que todos aguardavam.

Qualidade das alheiras portuguesas causa preocupação
(Newsletter Hipersuper)

12 de Março de 2007

Um estudo desenvolvido por cientistas portugueses da Escola Superior de Biotecnologia do Porto e da Escola Superior Agrária de Castelo Branco revelou que a qualidade microbiológica das alheiras portuguesas pode ser preocupante em termos de segurança alimentar.Os resultados da investigação concluíram que, em 33 estabelecimentos de 12 produtores industriais, apenas 20% tiveram resultado satisfatório, 30% foram consideradas insatisfatórias e os outros 50% potencialmente perigosas. Em cinco estabelecimentos de pequenos produtores ou cozinhas regionais de fumeiro, 80% dos lotes analisados foram classificados como insatisfatórios e os outros 20% como potencialmente perigosos.Segundo o jornal Público, a bactéria Listeria monocytogenes, a mesma que provoca abortos espontâneos, foi detectada em 60% dos lotes de alheiras de produção industrial. A Salmonella em dois lotes de produtores industriais, assim como pequenas concentrações de Clostridium perfringens, que provocam fortes febres e dores na área abdominal. Também a bactéria Staphylococcus aureus, causadora de vómitos, diarreias e dores abdominais, foi detectada no lote de um pequeno produtor.O director científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Barreto Dias, contrapõe, informando que «o estudo fundamenta-se em critérios da Irlanda e considera que as alheiras são produtos prontos a comer». E acrescenta: «A verdade é que as alheiras são submetidas a um tratamento térmico antes de serem consumidas, não são consumidas cruas. A temperatura faz toda a diferença».Ainda assim, Paula Teixeira, principal autora do estudo, informa que não se trata de uma situação alarmante e que, se «as alheiras forem bem cozinhadas, a probabilidade de infecção é quase inexistente». A mesma adianta que os produtores de alheiras colaboraram no estudo e que «estão a trabalhar no sentido de melhorar a qualidade dos produtos».

No comments: