Wednesday, May 27, 2009

Dias de Festa...ou talvez não.


Foi há 22 anos. Naquele dia 27 de Maio, um clube e um momento sublime de futebol ficaram para a história. O "taconazo" de Rabah Madjer, um dos melhores jogadores que vi jogar, repunha alguma verdade ao jogo e encaminhava o FC Porto para a sua primeira grande vitória internacional. Dois minutos mais tarde, o argelino arrancava imparável pelo flanco esquerdo e centrava para Juary consumar a reviravolta e repor a total verdade num jogo que parecera injustamente decidido a favor dos superfavoritos alemães do Bayern de Munique.

Num país mediático, a sul, que se rói de inveja a cada sucesso do FC Porto e que procura exaltar, sempre, os êxitos longínquos de um clube em vias de extinção até estou curioso para ver se, os jornalistas cá da praça, irão fazer referência alguma à data que hoje se celebra, ainda para mais num dia dedicado a outra grande final europeia.

Na verdade, a pocilga mediática lisboeta continua a demonstrar a sua azia no que se refere ao tratamento dispensado ao FC Porto, intoxicando aqueles que, e temos exemplos aqui no Bola na Mesa, não conseguem pensar pela sua própria cabeça. Uma das mais recentes da corja lisboeta, mais concretamente a do pseudo canal público RTP, é o de não transmitir a final do campeonato nacional de Hóquei em Patins. Pois é, eu sei que já vos chateia ver o FC Porto campeão vezes sem conta mas tal falta de decoro é ultrajante.
Outra das vergonhas a que o país está sujeito graças à pressão cega e acéfala vinda da capital do império é a da realização da final da taça no Jamor. Nunca fui particularmente contra a final da Taça de Portugal ser em Lisboa. Mesmo achando que a final poderia ser disputada alternadamente nos mais variados estádios ultramodernos que se construíram, não me incomoda sobejamente que a final seja disputada na capital do império. Mas a ser assim, que se faça num estádio com condições. Não num estádio vetado pelo UEFA, sem condições de segurança, de acessibilidade, de higiéne e de conforto. É uma vergonha para o futebol (o futebol a sério, não aquele que lisboetas defendem) que se tenha de jogar uma final da taça no Jamor. Todos aqueles que, estupidamente, defendem o estádio de Oeiras como palco da "festa do futebol" em Portugal parece que só ficarão verdadeiramente contentes quando se der alguma tragédia como, aliás, já sucedeu no passado. Quando isso acontecer, continuarão, como é seu apanágio genético, a assobiar para o lado e a apontar culpados.

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