Tuesday, April 14, 2009

Money For Nothing


Os Dire Straits lançaram este clássico em 1985. Na altura era uma crítica feroz à MTV e ao "Dinheiro Fácil" que alguns pseudo-artistas ganhavam na indústria discográfica. Hoje, mais do que nunca, acho que o tema é adequado à indústria do futebol. Há jogadores em grandes clubes, nacionais e internacionais, a autenticamente ganharem "Money For Nothing". Não pondo em causa a boa exibição do Porto em Old Trafford, os jogadores do Manchester pareciam autênticos meninos, alheados do jogo e mais preocupados com os carros que têm na garagem do estádio. É inadmissível e frustrante que jogadores de alto nível, com ordenados de luxo, consigam produzir tão pouco. Os 500.000,00€ que Ronaldo ganha por mês têm que servir para, pelo menos, acabar o jogo esgotado, nos limites. Não para aquela figura lamnetável que fez enquanto esteve em campo. E até estou à vontade para o atacar. Sempre defendi o miúdo e sempre disse que era justo a atribuição de título de melhor jogador do mundo o ano passado.

Se olharmos para o Benfica, nem digo no jogo contra a Académica, mas principalmente contra o Estrela, que ganharam mal e porcamente, o que se viu foi uma miséria. Jogadores como Aimar a receberem em Portugal mais de 200.000,00€ para nada é, no mínimo, um ultraje.

Acho que a indústria do futebol tem que parar para repensar estas pseudo-estrelas, que mais não fazem do que engordar as carteiras dos empresários que os representam e alimentar este mito de que é fácil ganhar muito dinheiro sem nada fazer. E, para alguns, é literalmente sem nada fazerem (lembro o caso de Zoro que ganhava 90.000,00€ no Benfica o ano passado e que jogou 2 ou 3 vezes).

Defendo que os grandes jogadores têm que receber grandes ordenados, mas têm que provar em campo que valem o que recebem. O Liedson merece o que ganha e talvez mais. Da mesmo forma que me sentiria legitimado para pedir o meu dinheiro de volta à Madonna se ela não lhe aptecesse cantar num concerto, o mesmo devia acontecer a um jogador que não lhe apetece jogar num jogo. O exemplo do Romagnoli no último jogo do Sporting é gritante. Andou a passear pelo relvado de Alvaladae durante uma hora até que o Paulo Bento percebeu que estava a jogar com um jogador a menos e tirou-o. O Romagnoli devia ficar sem receber.

Moralizar o futebol também passa por aqui. Premiar jogadores detopo que produzem claras mais valias para os emblemas que representam e punir os que acham que alcançaram um estatuto tal que tudo lhes é permitido, inclusivamente, gozar com a cara de quem lhes passa o cheque todos os meses.

Money For Nothing and Chicks For Free. Que tristes!!

1 comment:

Mãe do Vinho said...

e o mais engraçado é que o benfica no jogo com o estrela da amadora foi beneficiado e ainda teve a ousadia de se vir queixar. ele há coisas...