Operação STOP

O título do Record de hoje não podia ser mais apropriado. Depois dos humilhantes sete golos sofridos em Munique, e dos 12 no apanhado final desta triste eliminatória da Liga dos Campeões, mais do que fazer uma espera aos jogadores, e entrar em confronto de ideias com Paulo Bento ou Rochemback, o que o Sporting precisa é mesmo de uma Operação Stop ou de um Desconto de Tempo. Dizem os entendidos que o ideal a seguir a uma derrota deste envergadaura é que o próximo jogo venha depressa para sarar feridas. Não creio que seja a solução. Até podemos ganhar ao Rio Ave no próximo Sábado, mas acho que não esconde o grave do que se passou em Munique. Para mim, não está em causa levar 7 ou 8 ou 10. A Roma levou 7 do Manchester o ano passado, na mesma fase eliminatória da Champions e não passou por tudo isto. O que está em causa é que perdemos uma oportunidade única de mostrar que o jogo da primeira mão tinha sido um equívoco.

E o que Paulo Bento teima em não perceber é que não tem um plantel recheado de estrelas e que se pode dar ao luxo de, nas grande noites europeias, sacrificar os melhores jogadores. Alinhar de inicio num jogo em que se perdesse por 1 ou 2 a zero não haveia problema e até poderia minimizar o "escândalo" dos 5-0 em Alvalade, com Pedro Silva, Adrien Silva, Pereirinha, Djaló e Migel Veloso à esquerda, deixando Izmailov, por exemplo, no banco, é um convite ao suícidio idêntico ao de Madrid no inicio da temporada.

Todos podemos errar, mas Paulo Bento meteu os pés pelas mãos mais uma vez e não percebeu a amplitude do erro. Brincar com coisas sérias é que não. O Sporting tinha o dever e a obrigação de tudo fazer para apagar a imagem da primeira volta, mesmo que isso equivalesse a sacrificar os jogadores para o jogo com o Rio Ave. Não vi nenhuma equipa dos oitavos da Champions a sacrificar jogadores. Mas temos meninas que não aguentam dois jogos por semana? E alguns ainda entram a rir no treino?

Declaro greve aos jogos do Sporting até se retratarem, não com palavras, mas com atitude em campo.